Cinco funções na Capital ofertam 2,4 mil vagas de emprego

O cargo de vendedor está no topo da lista, seguido por auxiliar administrativo e atendente A proximidade das festas de fim de ano impulsiona a oferta de vagas temporárias no País. Em Fortaleza, a função de vendedor é a mais demandada, devido à necessidade de profissionais para ocupar os postos oriundos da grande demanda do comércio nos últimos meses do ano, de acordo com um levantamento realizado pelo Site Nacional de Empregos. No total, 804 postos para vendedor estão disponíveis na Capital cearense. O número é quase o dobro das vagas ofertadas para o cargo de recepcionista, que somam 432. Em sequência, estão as funções de auxiliar administrativo (428 vagas), atendente (416 vagas) e auxiliar de serviços gerais (382 vagas). As estatísticas do site são reforçadas pelos dados do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) do Ceará. “Hoje, temos cerca de 800 vagas, principalmente para vendedor, caixa, estoque, crediário e trabalho no pacote”, afirma o diretor substituto de Promoção do Trabalho do Sine/IDT, Antenor Tenório. Esses postos compõem as quatro mil vagas temporárias previstas pelo Sine/IDT para serem ofertadas no fim do ano, mesmo com a inauguração de um shopping no bairro Jóquei Clube e da abertura de outro empreendimento do tipo, que ocorrerá neste mês no bairro Parangaba. No entanto, alguns fatores têm dificultado o preenchimento dos postos de trabalho. Qualificação “Estamos esbarrando na questão da qualificação. Alguns trabalhadores acabam deixando a desejar no nível de escolaridade. Algumas funções exigem pelo menos o ensino médio completo”, explica Tenório. “Mesmo que o Ceará esteja com um desempenho acima do seu PIB (Produto Interno Bruto) acima da média nacional, com grandes investimentos estruturantes, principalmente no serviço, ainda não houve um crescimento significativo na economia”, avalia Antenor Tenório. Alta estação Apesar da estabilidade na economia cearense e, consequentemente, na criação de empregos, o diretor do Sine/IDT considera o resultado satisfatório, pois a geração de novas vagas na capital cearense manteve-se estável, no mesmo nível de 2012. O órgão intermediou contratações para os dois shopping centers. No entanto, apesar de as lojas absorverem novas pessoas, boa parte dos funcionários são transferidos de outras filiais. As vagas para o período de alta estação, entre o fim de dezembro e o início de fevereiro, já estão disponíveis no Sine/IDT da Região Metropolitana de Fortaleza. “Cerca de 300 postos para um parque aquático já estão sendo ofertadas. Sem contar as do varejo, que estão em menor escala”, informa Tenório. As funções para o parque aquático são nas áreas de serviços gerais, auxiliar de cozinha, atendente de balcão, instrutor de esporte e lazer, camareira, garçom, recepcionista de hotel, cumim e segurança. O candidato pode concorrer a essas vagas ao realizar cadastro nas unidades do Sine/IDT dos bairros Messejana, Aldeota e Centro, em Fortaleza, e nas unidades dos municípios de Maracanaú e Aquiraz. Mais informações Site Nacional de Empregos www.sine.com.br Sine/IDT – (85) 3101-5500 Salário no NE é até 20% menor O salário do Nordeste é, em média, 20% menor que do Sul e Sudeste, apontou o estudo Remuneração Nordeste 2013, realizado com a participação de 55 empresas de sete estados da Região, pela consultoria Delloite. Apesar de permanecer alto, o contraste foi menor que o constatado no levantamento anterior, de 2011, quando o índice registrava 30% de diferença. Um aumento médio de 14, 41% na média salarial no Nordeste também foi percebido em relação à pesquisa de 2011. Cerca de 67% das empresas reajustaram os salários acima da inflação, no último ano. O percentual médio de aumento real concedido em 2012 foi de 2,41%. As áreas de engenharia e industrial apresentaram maior crescimento salarial, com 22% e 20%, respectivamente. O Nordeste continua sendo um bom terreno para os negócios de empresas nacionais e estrangeiras. Entretanto, uns dos principais empecilhos para a Região é a escassez de talento aliada ao baixo investimento na mão de obra qualificada. Treinamento De acordo com o sócio-diretor da Deloitte, Edson Cedraz, o percentual de aplicação em treinamentos no Nordeste ainda está abaixo de outras regiões. “Apenas 0,7% do faturamento líquido é dedicado a qualificação dos funcionários, enquanto em outras regiões, por exemplo, dedica-se 1%”, detalhou. Diante dessa realidade, 85% dos empresários no Nordeste declararam que um dos focos em 2013 foi a melhoria na qualidade e produtividade na mão de obra. 80% deles afirmaram que foram feitos investimentos em treinamento, deixando o desenvolvimento da área de recursos humanos como o maior objetivo do ano. “Precisamos desenvolver a qualificação da mão de obra para mantermos nosso crescimento e atratividade, pois, do contrário, a Região pode perder caso não corram tais investimentos”, pontou Cedraz. Queda na produtividade Um confronto entre a pesquisa de remuneração no Brasil e dados da Economist Intelligence Unit (UIT) comprova que o Brasil está se tornando um país caro para investimentos de empresas. Em 2012, o salário real no Brasil teve um crescimento de 5,4% e uma queda na produtividade de 1,4%, enquanto que no Chile, por exemplo, o aumento de salários foi de 3,25% e nouve um avanço na produtividade de 3,3%. A falta de aplicação de recursos em infraestrutura no país, como portos, aeroportos e estradas também contribui para a perca de atratividade do Brasil diante de outros países, de acordo com Cedraz. Contratações Durante o ano de 2013 o número do corpo de funcionários das empresas tendeu para a estabilidade, de acordo com resultados da pesquisa. A medida foi impulsionada “principalmente pelas incertezas da economia”, esclareceu Cedraz. Em contraponto, 77% dos empresários acreditam na expansão dos negócios.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz

Compartilhar notícia: