Prefeito é investigado por oferecer dinheiro por sexo com garota de 13 anos

RIO — A Procuradoria de Prefeitos do Rio Grande do Sul cumpre três mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira, em ação que investiga o prefeito de Planalto, Antônio Carlos Damin, o Tonho (PDT), por pedofilia. Com apoio do Grupo de Operações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Brigada Militar, os agentes fazem as vistas no gabinete do político e em suas duas residências.
Prefeito de Planalto, Tonho Damin é investigado – Reprodução/Facebook/Prefeitura de Planalto
Segundo as investigações, o prefeito de 62 anos teria oferecido R$ 1 mil para que uma adolescente de 13 anos tivesse relações sexuais com ele. O fato foi noticiado ao Ministério Público, ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil. Tonho, como é conhecido politicamente, marcou então um encontro “em local ermo” com os pais da jovem e tentou convencê-los a retirar a representação. O político vai se manifestar à tarde sobre a acusação. Segundo as investigações, Tonho também teria tentado molestar a jovem, o que configura o crime de estupro de vulnerável. A apuração policial é conduzida pela pela coordenadora da Procuradoria de Prefeitos, Ana Rita Nascimento Schinestsck, e pelo promotor de Justiça assessor da Procuradoria Alexandre Salim. A promotora de Justiça Michele Taís Dumke Kuffner acompanha as buscas. A adolescente ainda denunciou que o prefeito mostrou fotos e vídeos de outras jovens nuas, algumas delas de Planalto, segundo o MP. As buscas têm o objetivo de confirmar a existência do material e apurar a eventual participação do suspeito em outras situações sexuais que envolvam menores de idade.
A 4ª Câmara Criminal do Tribunal do Justiça deferiu ainda os pedidos do MP de proibição do contato do prefeito com a vítima e os pais dela, por qualquer meio. O investigado deverá manter distância mínima de 200 metros da família. Ele também está proibido de sair da Comarca de Planalto sem autorização judicial prévia. A Polícia Civil do estado também investiga denúncias de servidoras públicas de Não-Me-Toque, ao norte do Rio Grande do Sul, de assédio sexual contra o prefeito da cidade, Armando Carlos Roos (PP). Um vídeo gravado escondido por uma delas mostra o político falar sobre o cargo e depois convidar a mulher ao seu apartamento. A primeira denúncia foi realizada no ano passado. A autora do vídeo, que era comissionada na prefeitura, foi desligada. A outra é concursada. Em nota de abril, Roos destacou que foi surpreendido pela divulgação dos documentos do inquérito policial e que tomaria as medidas cabíveis pela publicidade indevida. O prefeito ainda alegou que a servidora utilizou-se de sua confiança para gravar o vídeo e divulgá-lo um ano depois, após sua exoneração. Disse ainda que sempre se pautou pelo respeito e pela obediência às leis. Fonte: oglobo.globo.com/
     
Zeudir Queiroz

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