“Sangue no sertão” será o título do novo filme sobre Padre Cícero

Juazeiro do Norte O Padre Cícero nas telas de cinema. Dessa vez, um grupo paulista se encontra na cidade para as filmagens do longa-metragem “Sangue no Sertão”. A equipe está há um ano trabalhando o roteiro, e agora, junto com personagens escolhidos na própria cidade, realizam a captação de imagens. O objetivo é lançar o filme, que terá cerca de 1h50 de duração, no dia 20 de julho deste ano, data do aniversário de morte do sacerdote. O filme é dirigido pelo cineasta, padre Antônio Sagrado Bogaz, com parceria da Inspetoria Salesiana. As locações estão sendo realizadas em diversos espaços por onde passou o Padre Cícero, desde a Basílica de Nossa Senhora das Dores, onde ele celebrou missas, até o Horto, onde ficava para momentos de meditação. Imagens também foram feitas no Santo Sepulcro, a 2 quilômetros do casarão centenário do Horto. LampiãoO personagem do Padre Cícero adulto está sendo feito pelo ator de teatro Quinco Pelegrino, da região do Cariri. Cenas de encontros marcantes também foram registradas, a exemplo da chegada de Virgulino Ferreira, o Lampião, homem temido do sertões nordestinos, com o Padre Cícero. Ele buscou no Padre o conselho e a bênção. A cena foi realizada no largo do Memorial Padre Cícero. Acervo com objetos pessoais, boa parte no Memorial, também foram usados nas locações. Cenas da vida do Padre Cícero e o encontro com a sua vocação estão sendo representadas. O filme tem como principal foco a vocação religiosa do sacerdote, deixando à parte os posicionamentos críticos em relação à sua personalidade. Tanto que cenas desde a sua infância são registradas, a exemplo de um encontro do Padre Cícero com o líder político José Marrocos ainda na infância, em sala de aula. O dia 20 de cada mês é um momento de encontro do romeiro com as orações voltadas para o “Padim”. No último dia 20, milhares de pessoas compareceram à primeira missa do ano em Juazeiro. Foi ideal para a produção do filme aproveitar o momento de passagem dos fiéis para fazer as cenas do sepultamento do sacerdote, que faleceu em 20 de março de 1934. Segundo um dos roteiristas, o professor universitário João Henrique Hansen, a oportunidade foi muito bem aproveitada com os romeiros do Padre Cícero, trazendo um tom realístico à cena, que há quase 78 anos reuniu milhares de romeiros de todo o Nordeste, e autoridades de todo o Brasil para despedida de um dos maiores fenômenos da religiosidade brasileira. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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