Inquérito pede prisão de envolvidos na ‘farra das vassouras’, mas MP quer mais investigações

Juazeiro do Norte. Novas diligências em relação ao caso das vassouras, como ficou conhecida a compra exacerbada de material de limpeza pela Câmara de Vereadores deste município, deverão ser realizadas a partir da próxima semana. O inquérito que trata sobre o caso foi devolvido no final da tarde ontem pelo promotor de Justiça Gustavo Catanhedo à 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil, responsável pelas investigações. No relatório encaminhado ao Ministério Público do Ceará (MPCE) a polícia chegou a pedir a prisão preventiva de pelo menos cinco pessoas. O presidente afastado da Câmara Municipal Antônio Alves de Almeida (PSC), o popular Antônio de Lunga, e o tesoureiro da Casa, vereador Ronaldo Gomes de Lira (PMDB), o Ronnas Motos – que também está impedido de exercer as funções parlamentares, também tiveram pedidos de prisão preventiva apresentados à Justiça. Todos os pedidos, no entanto, foram negados. Conforme foi apurado, a polícia solicitou, ainda, o indiciamento dos vereadores pela prática de diversos crimes, dentre eles: formação de quadrilha, crime de defraudação, falsidade ideológica e fraude licitatória. Além dos dois parlamentares, Cícero Jadson Pereira Maia, Marcos Raniere Parente, Silvano Alves de Sousa, Herbete de Morais Bezerra e José João Alves de Almeida, também foram apontados como participantes nos supostos crimes. José João Alves de Almeida, o Lunga, já exerceu mandado de vereador no município. Ele é irmão do presidente afastado, Antônio de Lunga. Para o promotor Gustavo Catanhede, é necessário que novas diligências sejam realizadas antes que o MPCE formalize as denúncias à Justiça. Pelo menos, 15 novas diligências deverão ser realizadas pela polícia a pedido do promotor. O Ministério Público também solicitou a quebra do sigilo telefônico de todos os envolvidos e, ainda, das empresas “Priscila Cardoso da Rocha – ME” e “S da S Souza – ME”. O sigilo telefônico da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte também deve ser quebrado. O promotor Gustavo Catanhede entende que a partir da quebra dos sigilos telefônicos, há condições de serem esclarecidas as denúncias de que provas teriam sido forjadas pelos investigados, como por exemplo, a realização de aluguel de espaços para o armazenamento de mercadorias e vassouras que teriam sido adquiridas após a realização das denúncias de irregularidades. Agora, com o inquérito retornando à polícia, as expectativas são de que o caso só deverá apresentar parecer concluso no início do próximo ano. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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