O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) instaurou Inquérito Civil Público (ICP) nesta terça-feira, 29, para apurar posíveis abusos ou excessos de envolvidos na busca e apreensão dos seis irmãos resgatados na última sexta-feira, 25, de situação de isolamento. A 6ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Fortaleza aponta exposição desnecessária do caso, que tramita em segredo de Justiça.
Com o inquérito, serão avaliadas a responsabilidade pelo privilégio da perseguição policial em prejuízo da abordagem psicossocial, a má utilização de informações sigilosas do Conselho Tutelar, e a tentativa de criminalização irresponsável.
De acordo com a 6ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Fortaleza, responsável pela abertura do inquérito, a investigação também visa a tomada das providências cabíveis em relação aos danos causados à família.
Para o promotor de Justiça Luciano Tonet, a forma como os fatos foram divulgados, especialmente pelas redes sociais, “tem fomentado discursos de ódio
contra estabelecimentos comerciais, famílias e pessoas”.
O resgate das crianças e adolescentes foi motivado por denúncia de cárcere privado e maus-tratos. Os filhos do empresário suspeito de mantê-los isolados não frequentavam a escola, não interagiam com vizinhos ou parentes, não dormiam em camas, não assistiam televisão. Há seis meses, quase não saíam no corredor ou na calçada. Segundo a Polícia Civil, o cárcere ainda não foi comprovado, e a investigação continua em andamento.
Fonte: O POVO Online
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