Acusada de envenenar filho e tentar matar marido é condenada a 32 anos de reclusão

Cristiane Renata Coelho Severino, acusada de ter matado, por envenenamento, o próprio filho autista, Lewdo Ricardo Coelho Severino, além de tentativa de homicídio contra o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino, com quem era casada, foi condenada a 32 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. A decisão saiu às 21h30min desta terça-feira, 28.
(Foto / Banco de dados O POVO)
De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), os jurados reconheceram a materialidade e a autoria dos dois crimes – homicídio e tentativa de homicídio – bem como as três qualificadoras (motivo torpe, uso de veneno e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Ela não poderá apelar em liberdade. O júri durou aproximadamente 12 horas, com início às 9h30min e término às 21h30min. O julgamento foi realizado pela 3ª Vara do Júri de Fortaleza e presidido pelo juiz titular Victor Nunes Barroso. A acusação ficou a cargo dos promotores Humberto Ibiapina e André Clark e pelo assistente de acusação Walmir Pereira de Medeiros Filho. A defesa da ré era respondida pelos advogados Roger Heuer Holanda e Juliana Gayão de Morais. A acusada não compareceu à sessão. Crime Segundo os autos do processo, o crime ocorreu no dia 10 de novembro de 2014, por volta das 22 horas, no interior da residência das vítimas e da acusada, no bairro Dias Macedo, em Fortaleza. Conforme a acusação, a ré teria misturado veneno para ratos, conhecido como chumbinho, a alimentos consumidos pelo filho e o marido. Francileudo chegou a ser levado ao hospital, onde ficou em coma, mas conseguiu sobreviver. Já a criança, que era autista, não resistiu e morreu no local. A Polícia concluiu no inquérito que Cristiane planejou para matar o marido e o filho e tentou forjar a autoria do crime para Francileudo. Inicialmente, o subtenente foi preso suspeito de tentar matar a esposa e o filho e em seguida tentar se matar. Segundo a Polícia Civil, no computador do casal foram encontradas pesquisas, do momento em que Francileudo estava trabalhando, que indagavam sobre uso de chumbinho. Conforme a acusação, a pesquisa teria sido feita por Cristiane. A causa do crime seria o fato de a ré ser beneficiária do seguro de vida do marido e do filho.

Fonte: O POVO Online

Zeudir Queiroz

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