Chuvas intensas atingem Centro-Norte do Ceará

Municípios da porção Centro-Norte do Ceará, incluindo Fortaleza e Região Metropolitana, amanheceram com chuva nessa segunda-feira (17). O cenário já havia sido previsto pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) desde a última sexta-feira (14). Previsão realizada na manhã de ontem pelos meteorologistas da Funceme indica continuidade das chuvas nos próximos dias, porém, com uma redução em relação ao observado entre domingo (16) e a manhã de segunda-feira. Na imagem do satélite GOES-16, observavam-se nuvens sobre o território do estado associadas à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
(Foto: Tânia Alves/ O POVO)
Para esta terça-feira, há indicativo de precipitações no Cariri, Sertão Central e Inhamuns e na região Jaguaribana. Nas demais regiões, há possibilidade de chuva. Por fim, na quarta-feira (19), há possibilidade de chuva no Litoral e no Maciço de Baturité. O balanço parcial das precipitações indica ocorrências em, pelo menos, 17 municípios, sendo as maiores em Guaramiranga (24,4 mm) e Redenção (17,2 mm). Em Fortaleza, o maior observado, foi em 7,2 mm. É importante reforçar que as chuvas que aconteceram após as 7h de ontem serão informadas somente hoje. Temperatura Com o tempo mais ameno, as menores temperaturas mínimas do Ceará entre o domingo e segunda-feira foram registradas em Guaramiranga e Barbalha, com 18,9°C e 20,1°C. Em Fortaleza, a mínima neste intervalo de 24 horas foi de 25,2°C. Para acompanhar o balanço das chuvas, assim como a ocorrência delas em tempo real, basta baixar os aplicativos gratuitos da Funceme como o ‘Calendário de Chuvas’ e o ‘Funceme Tempo’, disponíveis para Android e iOS. Média Somente durante os 17 primeiros dias de dezembro, já choveu 139,6% acima da média de dezembro. Historicamente, são previstos para este mês 31,6 milímetros e já choveu 75 milímetros. A quadra chuvosa no Estado acontece entre fevereiro e maio. A próxima quadra corre risco de sofrer com El Niño Os fenômenos El Niño são alterações significativas de curta duração (15 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño). Seu papel no aquecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso. A Oscilação Sul é a flutuação interanual da pressão atmosférica ao nível do mar no Oceano Pacífico, devida a variações na circulação atmosférica. Normalmente, os ventos alísios sopram para sudoeste (no hemisfério sul), levando a água da superfície do mar aquecida na região do equador para a costa da Indonésia e Austrália e, com ela, massas de ar também aquecidas. No entanto, a força dos ventos varia de um ano para outro, provocando diferenças na temperatura e pluviosidade nos vários continentes que ladeiam aquele oceano. No Brasil a variação no volume de chuvas depende de cada região e da intensidade do fenômeno. Um El Niño pode ter os seguintes efeitos:. Região Norte e Nordeste: diminuição de chuvas causando secas no sertão nordestino e incêndios florestais na Amazônia; Região Sudeste: aumento da temperatura média. Região Sul: aumento da temperatura média e da precipitação, principalmente na primavera e no período entre maio e julho. Fonte: O Estado CE
Zeudir Queiroz

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