Chove acima da média durante o mês de abril no Ceará

CIDADEEm apenas três dias, abril já acumula mais da metade da chuva esperada para o mês inteiro. Os 199 milímetros representam 53.8% dos 369.9 mm aguardado para Fortaleza nesse período. Nesta segunda-feira, a previsão é de céu nublado com chuva e, ao longo da semana, as precipitações continuam, com menos intensidade, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Nesse cenário, o fim de semana calculou 274 ocorrências. Somente domingo (3), foram registrados 49 casos, tendo maior incidência na Regional VI, que concentrou a maioria dos alagamentos e todos os casos de inundação. No total, houve cinco desabamentos, 25 alagamentos, oito inundações, dez riscos de desabamentos e um ainda referente à tipologia “outros”, que envolve trotes, vistorias, monitoramentos, asfalto cedendo, vulnerabilidade social, solicitação de material, bueiros e crateras em via.
Os maiores números, porém, ficaram reservados para o sábado, quando houve 150 ocorrências. Dentre as áreas, a Regional VI centralizou mais casos, 56 alagamentos, principalmente nos bairros Barroso (6), Aerolândia (5) e Paupina (6). E ainda 24 inundações, com maior ênfase no Jardim das Oliveiras (5). Entre outros casos, totalizado 89. Em seguida está a Regional V, com 37 ocorrências. Desse total, a maior incidência está em alagamentos, contando 24 casos, sendo sete apenas no Canindezinho e quatro no Siqueira. Além disso, houve sete inundações, sendo duas na Granja Portugal. Nos dados gerais, em toda Fortaleza, foram 97 alagamentos, um incêndio, nove desabamentos, 33 casos de inundações e dez riscos de desabamento. Embora as nuvens carregadas tenham prevalecido na Capital nestes primeiros dias de abril, de acordo com a Funceme, tudo está dentro da normalidade prevista para a quadra chuvosa. E isso não significa, para o órgão, que as chuvas perdurem ao longo do período de inverno, que continua até maio. El Niño A Funceme segue o mesmo prognóstico de chuvas abaixo da média, já que o Estado, assim como o Nordeste, está ainda sobre forte influência do El Niño, o qual traz impactos negativos e diminui as chances de precipitações regulares no Ceará. Como ocorreu em março, quando houve um desvio de 18,5%. Foram 264.2 mm observados na Capital contra o normal aguardado de 324.1 mm. Os dados da Funceme e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) Companhia mostram que, do dia 1º até o domingo (3), o volume total da bacia da Região Metropolitana teve um leve aumento, passando de 19,95% da capacidade para 20,55%. No entanto, conforme pontuou, ontem, o governador Camilo Santana, a chuva dos últimos dias não é suficiente para o aporte dos reservatórios. Ao todo, 122 açudes cearenses estão com volume abaixo de 30%. “A grande preocupação é o Castanhão, porque quem abastece Fortaleza e Região Metropolitana é o Castanhão, que pegou pouquíssima água”, acrescenta. O seu reservatório só tem agora 9,68% de sua capacidade de 6.700 litros. Mas há exceções. Três açudes sangraram: Maraguapinho, Caldeirões e Quandú, enquanto outros quatro estão com volumes acima de 90%, como o Gameleira e Trici. 1
 Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
Zeudir Queiroz

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